sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tô filosofando....

Para a interdisciplina de filosofia lemos um texto, de Theodor Adorno, intitulado "A Educação após Auschwitz", que fala das barbáries que aconteceram na nossa civilização e o papel da educação frente a tudo isso. O texto é denso e complicado, porém depois de "mastigá-lo", cheguei a conclusão que não sei é nada. Explico. O professor propôs que falássemos, após ler o texto, sobre escola, civilização e barbáries. Logo, pensei que seria para colocar se achamos possível que a escola mude os rumos da violência no mundo, mas me deparei com a verdadeira realidade, na escola nasce muito da violência da nossa sociedade. Comecei a atividade buscando subsídios de, como nós educadores, poderíamos reverter a agressividade e percebi que a escola também está doente, assim como a humanidade. Que é preciso curar a escola, para que assim possamos fazer algo de concreto pelas pessoas. Não existiu só a tragédia do holocausto, nem as guerras passadas. Hoje ainda acontecem grandes barbáries com os seres humanos inocentes. Adorno apela para que os professores estejam cientes dos comportamentais doentios desde cedo, para que não aconteça uma nova catástrofe, mas quem poderá enfim conscientizar todo o povo? Povo sem chão, com fome, matando por um tênis. A mentalidade de todos precisa ser mudada, precisamos de mais amor, mais respeito, mais dedicação para com o próximo e para com a nossa própria vida, pois existem tantos jovens que fazem o mal por causa das drogas. Por isso, depois de tanto ler, refletir e filosofar, cheguei a nenhuma conclusão. Não que eu ache que a humanidade não tem solução, não é isso, (embora beire a achar); mas que não consigo pensar como arrumar tanta coisa. A escola precisa mudar, a família precisa mudar, os governantes, os poderosos, as pessoas que fazem o mal, tudo precisa urgente de uma mudança. Acredito que não podemos negar o mal que existe no mundo, isso já é um começo. Adorno, não estava falando em amor, mas eu gostaria de dizer, acho que precisamos amar sim, o que nós fazemos, nossos filhos, pais, enfim; talvez o sentimento verdadeiro traga mudanças. E, apesar de clichê é verdade, devemos fazer a nossa parte.
" Não me entendam mal.
Não estou pregando o amor.

Cultivá-lo me parece esforço vão;
a ninguém caberia o direito

de pregá-lo, porque a falta de amor hoje – como eu já disse –
é uma falha de todos, sem exceção.
Para pregar o amor, seria

preciso que aqueles aos quais nos dirigimos,
que procuramos
modificar,
tivessem uma estrutura de caráter diferente. "
(Adorno,1986)

Penso apenas que poderias explicar pq consideras que a escola esta doente. O que percebes na escola para fazer afirmação?

Beijos
Melissa

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Blogger deise scheffel disse...

Acho que a escola está doente porque precisa de ajuda. Existe muita violência nela, de professores com alunos e de alunos com professores e/ou alunos. Como vamos tratar da violência, se ela existe na escola? Neste sentido acho que a escola esta doente e precisa de uma cura, uma cura para poder tratar dos problemas dos membros envolvidos com a escola.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Conceitos étnicos e raciais

Esta semana fiquei particularmente chateada. A proposta de aula sobre conceitos étnicos que deverímos fazer para aplicar na nossa turma, não foi muito bem compreendida. Então, de novo, esbarrei na idade dos meus alunos.
É claro que crianças maiores tem muito mais paciência e interesse para aprender e maior capacidade de concentração para as atividades, meus pequenos de 2 e 3 anos, ainda não. E até, estamos estudando as fases do desenvolvimento cognitivo, em psicologia e é uma das características do pré-operatório. Então minha proposta foi lúdica, para dois dias, porém não contemplou as 8 horas previstas. Minha tutora achou que eu devia fazer mais atividades, complementar mais a aula. Tudo bem, papel aceita tudo.
Mas eu gosto de trabalhar com os pequenos e ser sincera do que faço com eles em sala de aula. Mas uma vez, foi um aprendizado para mim, refletir novamente como devemos ensinar crianças tão pequenas. O assunto raças, já é bem difícil de entenderem, mas trabalhar com as diferenças de cores, com histórias, com as características dos seus pais eu acho bem interessante. Partindo da realidade deles, dizendo que devemos se respeitar, com certeza terão um boa base, para as maiores reflexões na séries seguintes.
Claro que tenho muitas idéias, mas, eu acretido, que devo respeitar a idade, o jeito, a fase cognitiva, a capacidade de concentração.. enfim são muitos os fatores que eu, enquanto professora, devo estar ciente em relação aos meus alunos, quando proponho um plano de aula. Não somente devemos ser super criativos, mas devemos propor atividades que farão diferença para as crianças.

Método clínico

Bom, não consegui semana passada, postar mas estou escrevendo sobre o tema que seria da outra semana, o método clínico.
Este método tem por objetivo analisar o modo de pensar das crianças.. "É um procedimento para investigar como as crianças pensam, percebem, agem e sentem, que procura descobrir o que não é evidente no que os sujeitos fazem ou dizem, o que está por trás da aparência de sua conduta, seja em ações ou palavras" (Delval, 2002, p. 67). Fizemos, eu e minhas colegas o método da massinha, consiste em apresentar duas massas de tamanhos iguais, ao longo da atividade ir mudando a forma, mas sem mudar o peso. Ir questionando a criança onde tem mais massa. Para mim, achava que era óbvio que seria por idade, que uma criança de seis anos, acharia que teria mudado também os tamanhos e uma de nove, já saberia que os tamanhos não mudam. Mas, para nossa surpresa, alguns alunos, como podemos conversar na aula presencial, com nove anos, ainda não haviam adquirido a capacidade de conservar o conhecimento posterior, se confundindo muitas vezes nas respostas. Achei então o método, bem interessante e assim, podemos ver como está o desenvolvimento do pensamento do meu aluno, como às vezes, é tão difícil para ele entender e assimilar certos conhecimentos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Filme O Clube do Imperador



Adorei olhar novamente o filme O Clube do Imperador. A história se baseia em um professor de História, que trabalha somente com alunos homens em um internato de filhos de pessoas ricas. Ele tem um novo aluno meio rebelde, com suas aulas e motivação, este aluno começa a apresentar melhoras e a se envolver mais nos trabalhos para participar de um concurso, onde somente os três melhores iriam participar. No momento de dar as notas, ele favorece este aluno e o passa a frente de outro. Assim ele consegue participar do campeonato de perguntas sobre os grandes imperadores da história da humanidade. Porém, este aluno cola no mesmo, decepcionando profundamente o professor. O aluno não ganha o campeonato pois o professor faz uma pergunta fora da matéria, onde outro aluno se dá melhor.
Neste filme tratamos de principios morais e de nossa responsabilidade como professores. Mexe particularmente comigo, pois gosto de alunos rebeldes que apresentam um certo desafio. Mas, fica uma grande reflexão. Devemos enquanto professores estimular e confiar em nossos alunos, porém, devemos agir sempre com justiça e repreender no momento em que acontece as faltas deles. Pois no filme o diretor não quis castigar o aluno, "deixou estar" e então o aluno só piorou e mas tarde teve as mesmas atitudes, mostrando que se tornaria até um político de caratér duvidoso.
Pais e professores, formam o caratér de seus filhos e alunos, devemos ter a consciência que, tanto uma palavra como um gesto nosso, pode influenciar negativativamente ou positivamente para a construção da moral de nossas crianças.