terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Conhecendo o aluno da EJA

Na interdisciplina de EJA, lemos o texto da autora Marta Kohl de Oliveira, "Jovens e adultos como sujeitos do conhecimento e aprendizagem.", onde ela destaca muitos aspectos que clareiam a prática da EJA. Um dos aspectos, que me chamou atenção em especial foi que o professor da EJA, precisa saber muito bem com que tipo de jovem e adulto está lidando. Isto é muito relevante na prática pedagógica do ensino em EJA.

“Com relação a inserção em situações de aprendizagem, essas peculiaridades da etapa de vida em que se encontra o adulto fazem com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades (em comparação com a criança) ...”
(Khol de Oliveira,1999)

É preciso saber e conhecer o aluno que se irá ter, mesmo quando trabalhamos com crianças, ainda mais na prática da EJA. Os currículos, técnicas, planejamentos são feitos para o público infantil; por isso estes devem ser específicos para a idade atendida na EJA, pois como coloca Marta Kohl de Oliveira, isso pode causar uma inadequação dos jovens e adultos, causando a evasão escolar. Ela coloca que se não há sintonia, entre educando e escola, isto acaba dificultando o processo de ensino-aprendizagem. Até porque as dificuldades enfrentadas pelos alunos jovens e adultos são muitas, tanto em sala de aula, como fora dela. Concordo com a autora, eles já vivem no mundo letrado, porém, não tem tanta capacidade de crítica e argumentação que os adultos e jovens escolarizados ou graduados possuem. Sua linguagem e pensamento, muitas vezes, são de origem humilde, não da língua culta, o que também pode gerar uma certa confusão, na hora de aprender. São pessoas que encontram mais dificuldades nos supermercados, para pegar ônibus, para ajudar, muitas vezes, os filhos nos deveres de casa. Já dentro da sala de aula, o cansaço do trabalho do dia inteiro, a falta de concentração e entendimento, e atividades didáticas não compatíveis com sua faixa etária, tornam-se obstáculos constantes dos alunos jovens e adultos. Por isso, como a turma pode concluir na apresentação das pesquisas sobre EJA, a formação dos profissionais é de extrema importância, para a qualidade do trabalho oferecido para os jovens e adultos, que tem suas particularidades e isto exige empenho e competência.

Métodos de alfabetização

Lemos o texto, "Não há como Alfabetizar sem Método?" De Iole Maria Faviero Trindade, para a interdisciplina de Linguagem e Educação, a autora coloca a certa altura que,
" Assumindo também, como professora de prática de ensino, que precisamos ter uma didática que acolha essa pluralidade de discursos, fazendo uso deles conforme necessidades de uma formação, reafirmo que não há como alfabetizar e letrar (não importa a ordem!), na escola, sem o uso de múltiplos métodos que contemplem os processos de ensino e de aprendizagem, isto é, de aquisição (codificação e decodificação) e usos da língua escrita."(Trindade, 2005)
Realmente, acredito que precisamos de diversas formas para ensinar a lingua escrita. Na aula presencial podemos ver através dos nossos planos de aula, que muitos são os jeitos que usamos para ensinar os nossos alunos e esta troca, valeu para aprendermos as formas que dão certo e que podemos também incorporar ao nosso fazer. Outra questão que achei extramente interessante foi que Iole Trindade fez perguntas sobre como iniciar o planejamento de linguagem:
"...como o modo de vida dos/das alunos/as e suas experiências cotidianas de escrita na família e em esferas, Como vivem? Onde? Com quem? Qual/is será/ão, então, a/s temática/s priorizada/s? Como deve ser tal planejamento, se eu quiser que privilegie uma trajetória dos estudos na área da alfabetização e da língua materna? Haverá algum tipo de produção escrita dos alunos? De que forma? Quais e quantas vezes por semana? Haverá espaço para a leitura em sala de aula? De que forma? Quais e quantas vezes por semana?"
Achei isto essencial, pois desta forma visualizo o que meus alunos sabem, o que é importante saberem e o que querem saber, a partir daí poderei construir uma alfabetização com sentido para eles. Precisamos ter momentos de qualidade para ensinar a lingua escrita para nossa turma. Os planos de aula de minhas colegas, mostravam a realidade de cada grupo. Como trabalhamos com os pequenos, pude ver aspectos diferentes do meu jeito de trabalhar, mais também aspectos parecidos. Como foi o caso de que a maioria das colegas iniciou sua aula com uma história. O que é um excelente recurso para as crianças da educação infantil.

Temas geradores

Em uma das aulas presenciais que tivemos em EJA e Didática, Planejamento e Avaliação, vimos um filme sobre como os temas geradores, idéia de Paulo Freire, eram trabalhados na alfabetização de jovens e adultos. Pude perceber no filme que a nossa educação, sem dúvida, caminhou muito com a ajuda de Paulo Freire.
O ensino de jovens e adultos, antes centrado no tradicionalismo; como "Eva viu a uva", transforma-se a partir dos temas geradores propostos pelo educador. Paulo Freire mesmo colocou, como pode interessar-se depois de um dia de trabalho ou até mesmo sem emprego, um senhor ou senhora pelas cartilhas enfadonhas e sem sentido?
Os temas geradores vieram para instigar os alunos a querer saber, e assim então aprender. Eles, trabalham com questões do cotidiano dos alunos e a partir deles os alunos podem construir seus conhecimentos a cerca das palavras, percebendo também a função social delas. Como por exemplo, vimos(no filme) o trabalho com a palavra "fábrica", é uma palavra conhecida, o local de trabalho de muitos e que trás, também, muitas discussões, o que ajuda no diálogo e na criticidade dos educandos, algo que também Paulo Freire se preocupava.
"Por isto, o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idéias a serem consumidas pelos permutantes. Não é também discussão guerreira, polêmica, entre sujeitos que não aspiram a comprometer-se com a pronúncia do mundo, nem a buscar a verdade, mas a impor a sua."
(Freire, 2005)

Paulo Freire propôs a educação problematizadora, os temas geradores e o diálogo em sala de aula. Nesta educação o diálogo e a troca entre o educador e o educando é priorizado, o que torna a aprendizagem muito mais significativa e transformadora. O trabalho, ao meu ver, através destes temas torna-se rico e cheio de possibilidades. Os alunos envolvem-se, tornando-se agentes do próprio saber. Ainda no filme, percebi que os alunos queriam aprender e apesar de toda a dificuldade, eles aprendiam. Mas uma vez, vemos que se demos atenção e crétido a realidade dos nossos educandos, conseguimos resultados muito bons.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Como avaliar?!

Para interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, tivemos que refletir sobre como estamos avaliando nossos alunos. Este assunto me interessa muito, pois após ler o texto "Rumo a uma avaliação inclusiva"de Javier Onrubia Goñi; percebi que não estou tão longe, das reflexões do autor em minha prática. Trabalho com alunos entre dois e três anos, não teria como trabalhar com eles uma avaliação "classificatória", pois nem trabalhos conteúdos específicos. Gosto muito de trabalhar com os pequenos, justamente porque gosto de me sentar no chão, conversar sobre coisas que os eles tem curiosidade, ler lindas histórias, etc... mas também, porque adoro avaliá-los. A avaliação que faço é contínua e descritiva, pois todo dia observo um pouquinho o que eles vem desenvolvendo. Tenho um caderno de registros, onde coloco seus progressos, seus problemas, suas falas e dúvidas mais engraçadas ou inteligentes. Ou seja, a todo momento estou avaliando o raciocínio, o desenvolvimento da fala, a motricidade, propondo assim, atividades que vão estimular ainda mais o que eles tem aprendido.
Logo, no término do primeiro ou do segundo semestre, pego meus registros e faço um texto sobre todos os aspectos observados: como o aluno é na chegada, como se comporta ao ouvir histórias, sobre o que tem mais curiosidade, como é seu relacionamento com os colegas, como cumpre regras, o que aprendeu nos projetos trabalhados, enfim, falo sobre quase tudo o que acontece no decorrer dos dias. Digo "quase tudo", pois é impossível, colocar em um só texto tudo o que eles desenvolvem em um só semestre. A dificuldade maior que encontro neste tipo de avaliação é o tempo que se gasta em cada uma, tendo às vezes, quase trinta alunos. Porém, depois de pronta, compensa todo o cansaço, pois é um bonito trabalho e todos que leem dizem estar vendo o aluno como ele realmente é, ou seja, não é uma avaliação impessoal, e sim os pais percebem, que o aluno faz muito na escola e que as pessoas responsáveis por ele, tem a visão de seu aprendizado. Mas, apesar de pequenos, não é somente eles que são avaliados, sempre faço perguntas do tipo "o que mas gostaram no projeto?", "o que não foi legal?", entre outras, (algumas vezes peço que façam desenhos) pois busco trabalhar com meus alunos a criticidade e a melhora do meu trabalho. Através das avaliações, vejo o que posso trabalhar mais no próximo semestre, como por exemplo, se percebo que tem muitos alunos que tem dificuldade na fala, posso propor atividades que estimulem mais a oralidade e assim por diante. Foi interessante refletir sobre isso, que é um trabalho desgastante, porém recompensador.

Arquiteturas pedagógicas

Estamos na reta final do nosso curso! Enfim, vencemos muitos obstáculos e estamos agora pensando na prática do estágio. Meu estágio farei com uma turma de jardim B, creio eu. A atividade das arquiteturas pedagógicas, de elaborar os passos de um PA está sendo um pouco complicado ao meu ver. Eu e minha colega, estamos tentando partir dos passos que nós mesmas já fizemos na aula de seminário, só que adaptado aos menores. Tenho muitas dúvidas ainda. Trabalho com projetos de aprendizagem, com meus alunos, porém não sou eu quem escolhe os temas e sim eles. Porém, o projeto é de toda turma, ou seja, não chega a contemplar a curiosidade de todos e sim da maioria. Ainda não consigo visualizar um PA dividido por grupos em jardim B, pois acredito que muita coisa, pesquisa, atividades, nesta faixa etária vem da professora. Como então, dividí-los por grupos? Como deixá-los que pesquisem e coletem material? Ainda não sei.... Mas estou pensando e refletindo....

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Poster e pesquisas...

Bem, a atividade de confeccionar um poster foi meio complicada. Foi a primeira vez que fizemos um, porém a pesquisa foi bastante interessante. A interdisciplina de EJA, vemos um filme do método de Paulo Freire para a alfabetização de adultos. O filme nos encheu os olhos, pela fala das educadoras e dos alunos. eram alunos satisfeitos, cheio de vontade de aprender e professores muito satisfeitos com os resultados. Porém, na nossa saída de campo (que era entrevistar no mínino cinco professores), vimos que a nossa realidade é um pouco diferente. Muitos professores cansados, sem esperança de ajuda por parte do poder público, dizendo que seus alunos deveriam ter mais vontade de aprender para que assim o trabalho rendesse. Ficamos um pouco desolados com os resultados, porém na aula de exposição dos posteres, vimos que tem realidades que os educadores e educandos da EJA, são bem motivados e nestes casos os professores tem um certo preparo para trabalhar nesta área. Então, podemos concluir que se existe preparo e determinação todo mundo ganha, principalmente nesta modalidade de ensino, que lida com jovens e adultos ainda analfabetos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Debatendo teses do PA

Tradução: "Tudo que sei, aprendi de alguém!"
Foi boa a atividade argumentativa. Foi bom fazer o posicionamento das teses, pois proporcionou a reflexão do trabalho que fizemos no PA. Porém, com tantos passos, réplicas, etc...os comentários tornam-se repetitivos. Depois de ler o posicionamento dos colegas, começamos a ver algumas questões com outro foco. Pudemos analisar a resposta dos colegas e talvez ajudá-los a compreender melhores algumas questões como eles nos auxiliaram.
Após toda essa grande análise, pudemos perceber que todos os caminhos do PA, são importantes para se buscar as respostas. Por exemplo, que a questão de investigação é o que guiará nosso pesquisa, por isso deve ser objetiva e clara. As dúvidas e as certezas, são instrumentos que eu poderemos mudar ao longo do processo. Se os alunos fazem um PA, onde a questão é do interesse deles, pode ser que estudem e aprendam mais.

Bem, foi interessante debater com os colegas e concluimos que os passos do PA, são importantes para o seu desenvolvimento, porém é um processo flexível, passível de mudanças.
Ps: Postagem coletiva feita na aula presencial de Seminário Integrador (29/10), com a colega Isabel Machado.http://peadsapiranga20092.pbworks.com/Grupo-G

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pedagogia de projetos

Gosto muito de trabalhar através de projetos com minhas turmas. Trabalho com Educação Infantil, onde esta é a melhor maneira de se trabalhar com assuntos do interesse dos educandos. O projeto viabiliza a busca pelo conhecimento, onde os alunos desenvolvem a criticidade, a formação de opinião, a capacidade de análise e de argumentação. Também podemos trabalhar de forma coletiva e individual, e de forma globalizada, onde os conteúdos são integrados. Muitas vezes, quando faço certos projetos com meus alunos, a família integra-se também, pois os alunos vivem os temas vinte quatro horas por dia. Os pais chegam falando que os alunos quiseram repetir as atividades em casa, por exemplo; ano passado fiz uma pesquisa sobre "bicicletas" (pois os alunos escolheram este tema) e confeccionamos um jogo: "A Corrida das Bicicletas", no outro dia, uma aluna fez a mãe lhe ajudar a criar um jogo para ela. O mais legal é que fez com sucatas que tinha em casa e trouxe para brincar com os amigos na sala. Um dos grandes desafios de trabalhar com projetos, ao meu ver, é realmente conseguir integrar os conteúdos e não perder o foco principal do projeto, cuidando e avaliando quando este já se esgotou.
"Essa modalidade de articulação dos conhecimentos escolares é uma forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem, que implica considerar que tais conhecimentos não se ordenam para sua compreensão de uma forma rígida, nem em função de algumas referências disciplinares preestabelecidas ou de uma homogeneização dos alunos.” (HERNÁNDEZ; MONTSERRAT, 1998)

domingo, 18 de outubro de 2009

Seu nome é Jonas!!

Na interdisciplina de libras, vimos o filme Seu nome é Jonas. O mesmo trata de um menino surdo que a família teve que colocar em um hospício, pois um médico havia dado um diagnostico errado, ele era dado como retardado. Mas, outro médico percebeu sua surdez e sua família o tirou de lá. Sua mãe fez de tudo para que ele pudesse se integrar ao mundo dos ouvintes. Colocou aparelho de surdez, matriculou ele numa escola que fazia os deficientes auditivos ler os movimentos dos lábios, entre outros. Seu pai não foi forte o suficiente para viver com a deficiencia do filho e separou-se de sua mulher.
Porém, sua mãe descobriu um lugar onde aprendiam língua de sinais, então mudou a vida do menino e da sua família. O filme mostra claramente que através dos sinais, os surdos adquirem uma identidade e podem se relacionar com seus iguais, com sua família e com outros ouvintes que sabem a língua dos sinais. Os sinais fazem com que os surdos possam exercer sua cidadania e mostrar tudo o que pensam. No filme, mostra que era uma grande angustia da mãe, não saber com dizer que para o filho que o amava e não sabia o que se passava na cabeça dele. Todos deveríamos aprender esta língua, para então termos uma verdadeira inclusão, em nossa sociedade.

Desenvolvimento da linguagem

A interdisciplina de linguagem e educação, propôs que pedíssemos para um adulto ou criança em fase de escolarização para contar uma história. Lemos um texto de Thaís Gurgel, que fala sobre este assunto, uma das partes mais interessantes e quando ela diz:

"Para o psicanalista e pesquisador da infância Donald Winnicott (1896-1971), as simbolizações se enquadram no que ele chamou de espaço potencial. "Trata-se de uma área de experiência em que os pequenos podem brincar com a realidade, em que dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar", explica Ana Paula Stahlschmidt, doutora em Educação e estudiosa da obra do pesquisador. Esse espaço potencial, segundo Winnicott, deve ser garantido pelo adulto para que o pequeno dê liberdade à sua criação - não apenas artística, mas como uma forma autêntica de encarar a vida." (Thais Gurgel)

Pude perceber que minha sobrinha, com a qual fiz a atividade, misturou a realidade e a fantasia. Contou um passeio que fez com sua amiga e que tinham visto arvores com rosto. A autora explica que é muito importante para a criança brincar com a fantasia e a realidade, para mais tarde separá-las. Também pude perceber nesta atividade, que ela apesar de não ler e escrever, já forma frases complexas e utiliza palavras difíces ou expressões, com coerencia dentro de sua narração. "...e de repende, elas viram uma coisa bizarra, era uma árvore com rosto!"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Espaços da EJA

Em nossas reflexões na interdisciplina da EJA, Educação para Jovens e Adultos, pude refletir sobre uma importante relação existente nos espaços de ensino da EJA. Neles deve existir uma relação de educação e trabalho, para que os enseridos neste ambiente possam ter a promessa de qualificação de vida para todos, inclusive para os mais velhos, que muito têm a ensinar.
Na educação da EJA, a relação efetiva que existe, entre o trabalho e a educação, é que este ensino deve introduzir contéudos, percebendo a realidade dos seus alunos que, muitas vezes, já estão inseridos no trabalho, oferecendo espaços e horários, como o turno da noite, que propiciem o aluno estudar e trabalhar. O ensino da EJA, é um trabalho delicado e teve ter muita dedicação do professor, pois é primordial vislumbrar um caminho de desenvolvimento de todos.
Assim, os adolescentes, jovens, adultos e idosos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas regiões do trabalho e da cultura. O trabalho, para os alunos da EJA, é muito importante , pois muitos deles precisam trabalhar para garantirem o sustento da família.

Convivendo com os surdos

Acho incrível a LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais. Quando me deparo com alguém surdo, fico fascinada pelos gestos que ela faz para se comunicar e muito curiosa. A nossa professora de LIBRAS, Eleonora, nos questionou sobre o seguinte: "Você conhece alguma pessoa surda? Qual sua opinião sobre as pessoas surdas?"
Bem, não conheço muitas pessoas surdas, somente convivo com uma aluna deficiente auditiva. Ela não se comunica com os demais, apenas gesticula algumas vezes, imitando os outros. Nas vezes que tive contato com outros surdos, na faculdade e em espaços públicos, sempre ficava pensando o quanto bom seria, saber também me comunicar assim. Por exemplo, se eu tivesse que me comunicar com alguém com surdez, talvez tentaria fazer gestos ou até alguns sinais que conheço. Porém, sei que seria bem difícil.
Por isso, acredito que algumas coisas deveriam ser inseridas na escola e na sociedade, para facilitar a vida dos surdos e também a comunicação entre surdos e ouvintes. Por exemplo, sinais luminosos em espaços públicos, escolas, ruas, etc... Sinais de comunicação e até a LIBRAS. Para que , os surdos não parecessem ser uma sociedade a parte, falar outra língua que nós. O ideal seria todos aprendermos LIBRAS desde pequenos, pois a inclusão das pessoas surdas seria muito maior.
Outra questão, seria que, se a nossa sociedade, trabalhar mais com a língua de sinais e outras coisas para facilitar a vida dos surdos, cada vez mais, os surdos que não tem acesso a comunicação, poderão desenvolver todas as suas potencialidades.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O cê tá falando cômo??

A primeira proposta de trabalho da interdisciplina de Linguagem e educação, foi refletir sobre se falamos e escrevemos do mesmo jeito sempre. Bem, acredito que não se fala, nem escreve e nem tampouco se lê sempre do mesmo jeito. No Brasil existem vários dialetos diferentes espalhados. Já temos uma diferenciação. da língua portuguesa que não é falada igual nos países que tem ela como oficial, mas mesmo dentro do nosso país, cada estado tem um dialeto próprio, modos de falar diversos. Com certeza, esses modos diversos de falar, complicam a cabeça dos alunos, que acabam escrevendo do jeito que falam, porém, não escrevem “errado”, mas sim, escrevem como falam. Na minha opinião a escola, deve respeitar isso, pois os modos de falar, faz parte da cultura e da personalidade de um determinado grupo ou povo. Os adolescentes, por exemplo, usam gírias e virtualmente, estão reduzindo as palavras. Nós, professores, devemos trabalhar mostrando o correto da língua, mas não desmerecendo os dialetos e as gírias. Assim com diz, Maria Isabel Dalla Zen e Iole Faviero Trindade, no texto"Leitura, Escrita e Oralidade como artefatos Culturais:

" A partir dessa perspectiva, o trabalho escolar poderia abrir espaço para a multiplicidade de discursos, bem como abordar, relativizando, a ques­tão do "certo" e do "errado" em linguagem, conforme vêm postulando es­tudos linguísticos cujos efeitos de sentido ainda não foram mobilizadores de novas práticas pedagógicas. Pensemos no que se diz, cotidianamente, sobre o que significa falar, ler e escrever bem. A reflexão sobre o conceito de diferença (diferenças linguísticas) ainda precisaria ''amadurecer".” (Dalla Zen e Trindade, 2002)

Planejando....

"Naquela época, incomodava-me a forma como as alunas encaravam as exigências de planejamento. Incomodava-me ficarem os planos no setor pedagógico distantes e esquecidos. Incomodava-me a repetição das unidades nas salas de aulas. Havia uma mecanização instalada e aceita. Planejamento era uma chatice, servindo apenas à burocracia."(Rodrigues, 2001)
Começo minha postagem sobre planejamento com este trecho retirado do texto de Maria Bernadette Castro Rodrigues, "Planejamentos: em busca de caminhos", por que me identifiquei muito com ele. Na minha época de magistério, não muito distante (97, 98, 99 e 2000); o bonito era ter todos as pastinhas de planos de aula que as colegas xerocaram para a gente em ordem, cheias de adesivos, desenhinhos e ursinhos... Ahrg, eu detestava aquilo. Sério, sempre amei estudar me informar, mas meu magistério foi muito ruim. Apesar de muito pouco saber sobre a educação, eu já acreditava que precisaria conhecer minha turma, para então planejar para ela.
Do que me adiantariam lindas pastas organizadas, decoradas, se os planos lá existentes não fossem interessantes para os meus alunos? As professoras achavam que eu era meio desligada, somente as de didáticas, pois as outras (matemática, biologia, português), sabiam que eu era uma boa aluna; falavam que eu era interessada, boa capacidade de compreensão, textos críticos e claros, etc. O que me fez acreditar que estava certa, foi na época do estágio. As alunas, aplicadérrimas (tudo em ordem, planinhos como mandava o figurino, cartazes mega-elaborados,) choravam em sala de aula, pois faltava domínio de turma e seus planos de aula iam por "água a baixo".
Porém eu, apesar de começar a planejar, depois de conhecer minha turma, fazer cartazes de decoração com eles; me dei muito bem, pois tinha um bom domínio de turma e descobri que era ali que eu queria estar, frente a uma classe.
Se fosse outra pessoa, acharia que o que exigiam essas professores é o que era ensinar. E não era, ensinar é algo muito mais além e planejar é preciso ser feito com conhecimento da turma que se vai receber. Não é algo para estar bonito no caderno, é algo dinâmico e que faça diferença para nossos alunos.

O menininho



A professora de Didática, Planejamento e Avaliação, trouxe um texto que eu já conhecia, falando de um menininho que tinha muitas ideias, porém teve um professora que só o fez reproduzir, "matando" assim a criatividade do tal menino. Ela nos questionou então, quais seriam os desafios frente uma criança assim. Com certeza, os desafios frente a esta criança são muitos. Primeiro precisaria fazê-lo acreditar novamente em si. Mostrar que ele é realmente capaz e que eu enquanto professora, não quero que me copie e sim que me mostre o que ele pode fazer.
Ela trouxe mais duas questões, "Como eu trabalho para estimular a criatividade e que marcas quero deixar em meus alunos?", pude refletir então, sobre a minha prática. Como aceito o trabalho dos meus alunos? Quanto eu os estimulo a criar? Foi interessante pensar sobre isso.
Claro que, como qualquer pessoa, gostaria de deixar muitas marcas positivas. Então lembrei-me de um recadinho que recebi pelo orkut, no ano passado, de um aluno do meu estágio, em 2000. Ele era um aluno muito humilde, mas com muito potencial. Todo ano na escola, tinha um festival de talentos, organizei uma apresentação de dança que ganhou primeiro lugar no tal festival e ele foi o dançarino principal.
Acredito que para ele aquilo foi muito especial, foi bom para sua auto-estima. Depois de 9 anos, ele me achou no “orkut”, diz que está bem, continua estudando e deixou um recado maravilhoso, dizendo que eu fui sua melhor professora. Isso não tem preço. E ótimo ver, depois de um certo tempo, que aqueles pequeninos que passaram pela gente, estão bem na vida e que nós temos uma certa parcela de culpa. Pelo contrário é triste de ver, muitos adultos por aí, que não conseguem se encontrar por causa de uma educação deficiente.

"Nós somos o mundo, nós somos as crianças
Nós somos aqueles que fazem um dia iluminado
Então vamos começar a dar
Existe a escolha que estamos fazendo
Que estamos salvando nossas próprias vidas
É verdade que estamos fazendo um dia melhor
Só eu e você"
(We Are The World, Michael Jackson)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Entre os muros da escola

Primeiramente quando nos foi proposto que tínhamos que ver um filme para fazer o trabalho final, pensei: Só um filme??? Mas depois que assisti, vi como todo o filme se encaixava perfeitamente nos aprendizados neste semestre. Porém, escolhi uma cena, que achei muito pertinente, a qual o professor chama a aluna Khomba para que ela peça desculpas sinceramente, por não ter lido o livro que ele mandou. O professor não deixou que uma atitude negativa passasse em branco, ele buscou ensinar, mostrar para a aluna como deve agir perante aos outros com respeito, principalmente com seu professor. Na interdisciplina de Filosofia vimos outro filme “Clube do Imperador” , onde o professor não repreendeu o aluno quando deveria e assim, sofreu consequencias sérias depois. Ele mostra isso quando diz, “Não posso fingir que não vejo quando você faz besteira. Não acha?”(fala do professor no filme "Entre os Muros da Escola."). E também quando insiste que ela peça desculpas, mas com sinceridade. Ele tenta então, ensinar para ela os princípios morais. Insiste todo tempo que ela deve obediência e respeito para com ele, que ele é o professor.
Tiveram também outras questões que aprendemos nas interdisciplinas como desenvolvimento e moralidade, que estudamos em Psicologia, Conflitos e convivência, que vimos em Seminário Integrador, através dos projetos; discriminação, etnia, preconceito, diversidade e diferenças que tanto refletimos em Necessidades Especiais e Questões Étnico-Racias. E também a questão da escola e sociedade que refletimos em Filosofia.
Gostei bastante de filme e achei muito oportuno para relacionar com nossos estudos.

Moralidade e agressividade

A violência na escola sempre me deixou bem preocupada como agir e como "castigar "os alunos agressivos. Um problema bastante enfrentado, por nós professores e que muitos pais pedem que seus filhos devolvam, pois dizem que eles precisam aprender a se defender, quando alguém batem neles. Com certeza, não aprovamos esta atitude enquanto escola, porque não queremos incentivar a violência, mas o texto de Jaqueline, na interdisciplina de Psicologia nos mostra que isto faz parte do desenvolvimento moral, que as crianças precisam disso para aprender certos valores. E concordo plenamente, tento vivenciado as situações diariamente. Pois, eles aprendem melhor sentindo na pele e não somente com a fala dos mais velhos (pais e professores). Vendo a agressão por este ponto de vista, percebo como ela é importante no desenvolvimento do ser humano, que através dela, nossos alunos vivenciam o que pode ou não machucar o outro, seus limites, percebem que o que fazem pode ter uma consequência não muito boa e assim por diante, estão, enfim, aprendendo para vida.

"Antes de tachar um situação como violenta entre as crianças, é preciso que se pense sobre o seu processo de desenvolvimento, para correr o risco de estar estigmatizando e excluindo determinado grupo”.(Jaqueline Picetti)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Fazendo perguntas!

Foi muito interessante a atividade de construir perguntas para minha colega. No início, como tudo na vida, fiquei com um pé atrás, pensando como eu iria fazer questionamentos para minha amiga. Mas, depois foi prazeroso elaborar e responder as questões feitas por ela. O texto que foi pedido para ler, foi o máximo de Immanuel Kant, "Sobre a pedagogia"
Nas questões podemos refletir onde os textos de Theodor Adorno (falei sobre ele em uma postagem antiga) e o de Kant, se relacionam. Ambos falavam de escola e civilização. Os textos são densos, mas gostosos de ler. Foi bom aprender um pouco mas sobre a função da escola de formar nossa sociedade. Uma das falas do texto de Kant que mas me chamaram a atenção foi a seguinte: " A disciplina transforma a animalidade em humanidade. Um animal é por seu próprio instinto tudo aquilo que pode ser; uma razão exterior a ele tomou por ele antecipadamente todos os cuidados necessários. Mas o homem tem necessidade de sua
própria razão. Não tem instinto, e precisa formar por si mesmo o projeto de sua conduta. Entretanto, por ele não ter a capacidade imediata de o realizar, mas vir ao mundo em estado bruto, outros devem fazê-lo por ele."(Kant,2004)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Estudo de caso!!!

Meu estudo de caso, como já coloquei na postagem anterior é sobre um menino, da minha turma de maternal 2. Não tem nenhuma necessidade especial específica, porém tem muita dificuldade de relacionamento com seus colegas, morde , puxa cabelos e empurra o tempo inteiro seus colegas.
Porém, não é, ao meu ver, somente comportamental, ele morde os colegas o tempo inteiro e sem motivo aparente. Leva chinelos, tênis, brinquedos tudo o que estiver ao seu alcance, na boca e fica mordendo. As mordidas que dá, são bem fortes e ficam roxas nos colegas. Sua mãe sabe e diz que encaminhou ele para um neurologista, pois quer saber porque ele é tão agitado e agressivo.
No momento de alimentar-se, come com as mãos (seus colegas já fazem o uso correto da colher) e quando termina, ao invés de pedir mais para as professoras, pega alimento com as mãos dos pratos dos colegas. Ele ainda não conversa, somente balbucia, coisas que quase sempre não entendemos. Ele fala como um bebê, (bicho), (papai), ainda não faz frases, nem demonstra o que quer. Faço rodinhas, conversamos, leio histórias e cantamos músicas, em nenhuma destas atividades concentra atenção. Ao contrário dos colegas da sua idade, que sempre adoram ouvir historinhas e cantar músicas. quando vamos fazer um trabalhinho, não se importa com sua folha, ele gosta de rasgar as folhas dos seus colegas. Quando o repreedemos, ele parece não entender, não pede desculpas e nem se mostra arrependido.
Na semana passada, entreguei um registro completo de todas as atitudes deste aluno para a diretora, coordenadora e psicopedagoga da escola. Esta última, irá entrar na minha sala e acompanhar nossas atividades. A abertura de falarmos sobre isso no dossiê está sendo ótima, pois também posso perceber que outros colegas, passam por estas situações; crianças sem diagnóstico de necessidades especiais que se mostram um grande desafio para nós!


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Estudo de caso!!

No estudo de caso, proposto pela interdisciplina de Necessidades Especiais, estou podendo colocar um pouco das minhas preocupações e também, externar o que acontece com meu aluno em sala de aula. Está sendo um espaço ótimo. sempre tive alunos de necessidades especiais diagnosticados nas minhas turmas anteriores, porém, este ano enfrento um problema na minha escola. Pois tenho um aluno considerado normal, porém ele agride o tempo inteiro seus colegas. Ele morde, puxa cabelos, empurra e chuta sem motivos seus amiguinhos. Vejo que não é só uma questão de chamar a atenção, ele parece não conseguir se controlar. Além dos colegas, morde sapatos e chinelos, brinquedos o que estiver na sua frente quanto está irritado.
Na escola já conversei com a diretora, coordenadora e psicopedagoga e elas estão tentando me ajudar, mas só porque os pais dos outros alunos estão reclamando que seus filhos estão vindo mordidos. Então resolveram tomar uma atitude. Ele tem dois anos e nove meses, é pequeno ainda, porém seus colegas da mesma idade, não estão mais mordendo e nem agridem os outros sem motivo e nem nesta proporção.
Por isso, no estudo de caso estou podendo colocar sobre ele, e repensar sobre até mesmo como lidar com esta situação.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Concepção de índio


Esta semana pude conhecer mais um pouco sobre os índios do nosso país. Lemos o texto," Os índios no Brasil: quem são e quantos são", escrito por Gersen dos Santos Luciano, um representante do povo Baniwa, para a interdisciplina de Questões Étnico-raciais na Educação: Sociologia e História. Pude perceber que apesar de tudo o que este povo já passou, os poucos que ainda vivem, cultivam com orgulho sua cultura e o seu modo de viver.
Ao meu ver, devemos ter orgulho deste povo tão sofrido pela ação dos brancos e "civilizados". O texto fala que os índios de hoje, querem que tenha políticas públicas que cuidem do interesse deles. Acho isso ótimo, o povo indígena deve ter seus direitos garantidos a oferta de políticas públicas, é de extrema importância ao meu ver para consolidar o movimento indígena. Acredito ainda, que eles tem uma função fundamental no mundo que vivemos hoje, pois podem nos ensinar como viver da terra, respeitando-a e cuidando dos nossos recursos naturais. Com certeza, este povo merece papel de destaque na história do nosso país e na era em que estamos vivemos.


"Nesse sentido os povos indígenas brasileiros de hoje são sobreviventes e resistentes da história de colonização européia, estão em franca recuperação do orgulho e da auto-estima identitária e, como desafio, buscam consolidar um espaço digno na história e na vida multicultural do país.”(Gersen dos Santos Luciano, 2006)

Como entendes este movimento na escola? Acha possível? De que forma?
Beijos
Melissa

Bem, este movimento na escola, vejo como positivo e possível para mostrarmos que todos os índios fazem parte de uma mesma luta, a luta pela sua dignidade e respeito. Podemos mostrar as crianças (brancas, negras, pardas, índias ou descendentes) que devemos respeitá-los e aprender com eles, como disse, a viver na terra de uma maneira saudável. Claro que devemos mostrar que as tribos são distintas (costumes e modo de viver), porém eles escolheram ser chamados todos de povo indígena, para dar força a sua cultura e descendência, garantindo também políticas públicas para seu povo. Mostrar aos brasileirinhos, que o povo que habitava esta terra, antes dos brancos chegarem, é um povo resistente e forte, com muita força de vontade. Acho que seria neste sentido.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tô filosofando....

Para a interdisciplina de filosofia lemos um texto, de Theodor Adorno, intitulado "A Educação após Auschwitz", que fala das barbáries que aconteceram na nossa civilização e o papel da educação frente a tudo isso. O texto é denso e complicado, porém depois de "mastigá-lo", cheguei a conclusão que não sei é nada. Explico. O professor propôs que falássemos, após ler o texto, sobre escola, civilização e barbáries. Logo, pensei que seria para colocar se achamos possível que a escola mude os rumos da violência no mundo, mas me deparei com a verdadeira realidade, na escola nasce muito da violência da nossa sociedade. Comecei a atividade buscando subsídios de, como nós educadores, poderíamos reverter a agressividade e percebi que a escola também está doente, assim como a humanidade. Que é preciso curar a escola, para que assim possamos fazer algo de concreto pelas pessoas. Não existiu só a tragédia do holocausto, nem as guerras passadas. Hoje ainda acontecem grandes barbáries com os seres humanos inocentes. Adorno apela para que os professores estejam cientes dos comportamentais doentios desde cedo, para que não aconteça uma nova catástrofe, mas quem poderá enfim conscientizar todo o povo? Povo sem chão, com fome, matando por um tênis. A mentalidade de todos precisa ser mudada, precisamos de mais amor, mais respeito, mais dedicação para com o próximo e para com a nossa própria vida, pois existem tantos jovens que fazem o mal por causa das drogas. Por isso, depois de tanto ler, refletir e filosofar, cheguei a nenhuma conclusão. Não que eu ache que a humanidade não tem solução, não é isso, (embora beire a achar); mas que não consigo pensar como arrumar tanta coisa. A escola precisa mudar, a família precisa mudar, os governantes, os poderosos, as pessoas que fazem o mal, tudo precisa urgente de uma mudança. Acredito que não podemos negar o mal que existe no mundo, isso já é um começo. Adorno, não estava falando em amor, mas eu gostaria de dizer, acho que precisamos amar sim, o que nós fazemos, nossos filhos, pais, enfim; talvez o sentimento verdadeiro traga mudanças. E, apesar de clichê é verdade, devemos fazer a nossa parte.
" Não me entendam mal.
Não estou pregando o amor.

Cultivá-lo me parece esforço vão;
a ninguém caberia o direito

de pregá-lo, porque a falta de amor hoje – como eu já disse –
é uma falha de todos, sem exceção.
Para pregar o amor, seria

preciso que aqueles aos quais nos dirigimos,
que procuramos
modificar,
tivessem uma estrutura de caráter diferente. "
(Adorno,1986)

Penso apenas que poderias explicar pq consideras que a escola esta doente. O que percebes na escola para fazer afirmação?

Beijos
Melissa

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Blogger deise scheffel disse...

Acho que a escola está doente porque precisa de ajuda. Existe muita violência nela, de professores com alunos e de alunos com professores e/ou alunos. Como vamos tratar da violência, se ela existe na escola? Neste sentido acho que a escola esta doente e precisa de uma cura, uma cura para poder tratar dos problemas dos membros envolvidos com a escola.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Conceitos étnicos e raciais

Esta semana fiquei particularmente chateada. A proposta de aula sobre conceitos étnicos que deverímos fazer para aplicar na nossa turma, não foi muito bem compreendida. Então, de novo, esbarrei na idade dos meus alunos.
É claro que crianças maiores tem muito mais paciência e interesse para aprender e maior capacidade de concentração para as atividades, meus pequenos de 2 e 3 anos, ainda não. E até, estamos estudando as fases do desenvolvimento cognitivo, em psicologia e é uma das características do pré-operatório. Então minha proposta foi lúdica, para dois dias, porém não contemplou as 8 horas previstas. Minha tutora achou que eu devia fazer mais atividades, complementar mais a aula. Tudo bem, papel aceita tudo.
Mas eu gosto de trabalhar com os pequenos e ser sincera do que faço com eles em sala de aula. Mas uma vez, foi um aprendizado para mim, refletir novamente como devemos ensinar crianças tão pequenas. O assunto raças, já é bem difícil de entenderem, mas trabalhar com as diferenças de cores, com histórias, com as características dos seus pais eu acho bem interessante. Partindo da realidade deles, dizendo que devemos se respeitar, com certeza terão um boa base, para as maiores reflexões na séries seguintes.
Claro que tenho muitas idéias, mas, eu acretido, que devo respeitar a idade, o jeito, a fase cognitiva, a capacidade de concentração.. enfim são muitos os fatores que eu, enquanto professora, devo estar ciente em relação aos meus alunos, quando proponho um plano de aula. Não somente devemos ser super criativos, mas devemos propor atividades que farão diferença para as crianças.

Método clínico

Bom, não consegui semana passada, postar mas estou escrevendo sobre o tema que seria da outra semana, o método clínico.
Este método tem por objetivo analisar o modo de pensar das crianças.. "É um procedimento para investigar como as crianças pensam, percebem, agem e sentem, que procura descobrir o que não é evidente no que os sujeitos fazem ou dizem, o que está por trás da aparência de sua conduta, seja em ações ou palavras" (Delval, 2002, p. 67). Fizemos, eu e minhas colegas o método da massinha, consiste em apresentar duas massas de tamanhos iguais, ao longo da atividade ir mudando a forma, mas sem mudar o peso. Ir questionando a criança onde tem mais massa. Para mim, achava que era óbvio que seria por idade, que uma criança de seis anos, acharia que teria mudado também os tamanhos e uma de nove, já saberia que os tamanhos não mudam. Mas, para nossa surpresa, alguns alunos, como podemos conversar na aula presencial, com nove anos, ainda não haviam adquirido a capacidade de conservar o conhecimento posterior, se confundindo muitas vezes nas respostas. Achei então o método, bem interessante e assim, podemos ver como está o desenvolvimento do pensamento do meu aluno, como às vezes, é tão difícil para ele entender e assimilar certos conhecimentos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Filme O Clube do Imperador



Adorei olhar novamente o filme O Clube do Imperador. A história se baseia em um professor de História, que trabalha somente com alunos homens em um internato de filhos de pessoas ricas. Ele tem um novo aluno meio rebelde, com suas aulas e motivação, este aluno começa a apresentar melhoras e a se envolver mais nos trabalhos para participar de um concurso, onde somente os três melhores iriam participar. No momento de dar as notas, ele favorece este aluno e o passa a frente de outro. Assim ele consegue participar do campeonato de perguntas sobre os grandes imperadores da história da humanidade. Porém, este aluno cola no mesmo, decepcionando profundamente o professor. O aluno não ganha o campeonato pois o professor faz uma pergunta fora da matéria, onde outro aluno se dá melhor.
Neste filme tratamos de principios morais e de nossa responsabilidade como professores. Mexe particularmente comigo, pois gosto de alunos rebeldes que apresentam um certo desafio. Mas, fica uma grande reflexão. Devemos enquanto professores estimular e confiar em nossos alunos, porém, devemos agir sempre com justiça e repreender no momento em que acontece as faltas deles. Pois no filme o diretor não quis castigar o aluno, "deixou estar" e então o aluno só piorou e mas tarde teve as mesmas atitudes, mostrando que se tornaria até um político de caratér duvidoso.
Pais e professores, formam o caratér de seus filhos e alunos, devemos ter a consciência que, tanto uma palavra como um gesto nosso, pode influenciar negativativamente ou positivamente para a construção da moral de nossas crianças.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Evidências...

Bem, a minha querida tutora Melissa, me lançou a seguinte pergunta: " gostaria de te questionar se acreditas que tem conseguido argumentar sobre suas aprendizagens no curso, aqui, em seu pórtfólio de aprendizagens? Se sim, analise onde e coloque exemplos."
Bom, acredito que em parte sim. Pelo menos estou tentando. Algumas vezes, estou empolgada com o assunto, que admito nem presto atenção se estou ou não evidenciando o que escrevo. Mas busquei alguns exemplos.
Na postagem "Eu e os Outros", coloquei que a atividade foi muito boa e que aprendi a olhar com uma visão diferenciada certas pessoas da família. Evidenciei isto, colocando: " Pude olhar com uma visão diferenciada a foto destas pessoas e perceber que nem só traços físicos tenho de meus pais, mas também inúmeras características emocionais, o jeito de falar, caminhar e de tratar as pessoas."

Já na postagem "Alunos mais que especiais" coloquei que: "É muito gratificante ver o crescimento deles e o que podem fazer, então a gente lembra que tem pessoas "perfeitas" fisicamente, que só reclamam da vida. Os alunos que tive, tinham vontade de viver, é maravilhoso em uma sociedade que o termo "depressão" está na moda." Aqui eu poderia ter evidenciado isto, colocando um exemplo que vivi no meu cotidiano, como quanto vi meu aluno que tinha uma severa dificuldade motota e mental, tentar escrever o seu nome a todo custo, assim como seus colegas de jardim faziam. Estou tentando argumentar e evidenciar o máximo possível minhas postagens, a partir de agora foi ficar mais atenta ainda.


Dossiê Inclusão

Está muito interessante o trabalho com o Dossiê sobre a inclusão. Estou conseguindo vislumbrar como meu município está em relação a educação inclusiva.
Pois, estamos lendo alguns textos e comparando com nossa realidade. Pude perceber através de um texto chamado "A inclusão e seus sentidos: entre edifícios e tendas" do professor Cláudio Roberto Baptista, que a inclusão em nossos escolas demora para ser diagnosticada algumas vezes, por isso aparecem nas estatísticas, poucos casos de inclusão sendo atendidos em nossas escolas.
Na minha escola, isso acontece, pois temos uma aluna surda, porém está demorando para que ela receba um atendimento especializado e seja diagnosticada surda. Uma vez que sai este diagnóstico, ela passa a existir como surda e então pode receber trabalho especializado para sua necessidade. Vejo então, pontos que precisamos ainda crescer. Nossas escolas tem muita demanda e o município deve estar atento e ser eficaz nestes encaminhamentos. Por outro lado, se esta criança não recebe logo este encaminhamento, ela perde muito e o professor que a atende também.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ARGUMENTANDO

A atividade de argumentação de Filosofia, foi ótima. Devíamos ler uma história sobre um antropólogo francês, que visitou uma ilha de nativos, estes julgavam que os homens brancos eram mensageiros de Deus. O dilema do francês era, dizer ou não que ele não era tal mensageiro de Deus para os habitantes de lá. Na breve historinha, ele optou por não dizer e então o nosso debate foi argumentar sobre a postura dele. Nosso grupo ficou para defender a postura do antropólogo. Adorei achar argumentos convicentes para isso, mas o mais interessante foi revidar os argumentos enviados do outro grupo, que o estavam acusando. Descobri que posso argumentar bem, que até convenci a mim mesma, que ele estava certo. Pois, chegar em um lugar desconhecido, tentar estudar a cultura do povo, já desacreditando o mesmo, não seria uma postura ética do pesquisador. Foi bastante produtivo nossos debates e no fim o grupo todo defendeu de verdade a postura do mesmo. Esta atividade de argumentar é muito produtiva, para que possamos exercitar essa nossa capacidade. Não só aqui em nossos estudos, mas a todo momento temos que mostrar nossas opiniões para as outras pessoas, precisamos mostrar o que pensamos e evidenciar isso. Gostei.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mosaico de raças e etnias



Bem, já fiz a atividade do mosaico, com minha turma de maternal 2. Pedi de tema que trouxessem gravuras de pessoas de diferentes raças e culturas. Sentei com eles no tapete e espalhei as gravuras no mesmo. Fui conversando sobre cada uma, a cor das pessoas, o País que elas viviam, etc... tinham gravuras de jogador de futebol da seleção brasileira, uma japonesinha, uma mulher negra segurando seu filho, indios em nossa floresta, etc. Como são muito pequenos, eu relacionava cada gravura com a cor e o jeito deles mesmos, dizendo que aquela menina da gravura tem a pele branquinha com tal aluna e assim por diante. Os mais avançados, já faziam relações, dizendo que tal colega parecia indio, pois tinha o cabelo preto e lisinho. Foi bem interessante, após eles me ajudaram a colar as gravuras no mosaico e eu expus na sala. Mas, o mais interessante mesmo, foi que eu ali contemplava mais eles do que as gravuras. Ali, bem na minha frente, estava uma miscelânia de raças. Como é bonito e rico trabalhar assim, com a diversidade. Cada um com seu jeitinho, com sua cor, com suas manias... ai ai adoro ser professora!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Alunos mais que especiais

Bem, foi muito interessante trazer de volta e poder escrever sobre os alunos com necessidades especias que tive, nestes 10 anos de estrada. No forúm da interdisciplina, estamos todos bem afiados e debatendo sobre a falta de recursos e as cobranças por parte dos pais e do governo de inserirmos tais alunos em nossas escolas. Porém, quando me recordo destes alunos mais que especiais, só tenho boas recordações. É muito gratificante ver o crescimento deles e o que podem fazer, então a gente lembra que tem pessoas "perfeitas" fisicamente, que só reclamam da vida. Os alunos que tive, tinham vontade de viver, é maravilhoso em uma sociedade que o termo "depressão" está na moda. A oportunidade que tenho de lembrá-los e poder compartilhar é boa demais.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Eu e os Outros

Na foto está eu, entre meus pais, meus irmãos, minha irmã e minha sobrinha.

Muito legal a atividade da interdisciplina de Questões Étnicos- Raciais da Educação: Sociologia e História, intitulada "Eu e os Outros". É bom poder olhar para gente e enxergar um pouco de cada pessoa que é, de algum modo, especial para gente. Na atividade, deveríamos observar aspectos e traços semelhantes de nós com membros da família ou amigos. Pude olhar com uma visão diferenciada a foto destas pessoas e perceber que nem só traços físicos tenho de meus pais, mas também inúmeras características emocionais, o jeito de falar, caminhar e de tratar as pessoas. E, o pior, aqueles defeitos que mais detestamos nos pais ou irmãos, nós também temos. Pude me comparar com meu marido, que apesar de muito diferente fisicamente, somos bem parecidos nos sonhos, crenças e costumes (talvez seja os motivos para ficarmos juntos) e as amigas, que temos inúmeros gostos em comum, leitura, dança, lazer, etc. Foi interessante olhar para mim e para meus entes queridos nesta perspectiva.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Análise dos PAS

Gostei bastante da tarefa de analisar os Projetos de Aprendizagem. Pois, o PA que ficou para mim analisar é muito bom, "Violência sexual de menores: como evitar ou reparar este mal?". O projeto apresenta-se bem completo e atraiu minha curiosidade, por ser um tema polêmico é pouco divulgado em nosso meio. Porém, achei muito interessante a idéia da colega Kelli, pois trabalhamos com crianças e muitas vezes temos tabus sobre isso, mas nosso papel é ajudar estas famílias e principalmentes as crianças que sofrem ou sofreram abuso sexual. Como a pesquisa da Kelli também contempla "... como reparar este mal?", tem muitas informações para nós ficarmos de olho com as atitudes e encaminhar, se possível, as crianças abusadas.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Reflexão inicial

O semestre passado teve aprendizagens significativas, principalmente as atividades de projetos. Conseguimos trabalhar em grupo e tivemos reflexões positivas sobre o assunto pesquisado.
As interdisciplinas sobre gestão e organização da escola, onde tratamos sobre políticas públicas e educacionais, foram de muita valia para o meu crescimento. Pois não era muito acostumada a estudar sobre política, com os estudos comecei a me interessar mais sobre este assunto. Ao meu ver é de grande importância que saibamos sobre, pois assim podemos lutar pelos nossos direitos e por uma educação melhor.
Neste novo semestre, minha expectativa não é muito diferente do que eu esperava de todos os outros. Espero que aprenda bastante, que eu possa interagir com meus colegas, para me qualificar cada vez mais. Que os assuntos sejam significativos e que possam trazer diferença no meu fazer na sala de aula.