quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pedagogia de projetos

Gosto muito de trabalhar através de projetos com minhas turmas. Trabalho com Educação Infantil, onde esta é a melhor maneira de se trabalhar com assuntos do interesse dos educandos. O projeto viabiliza a busca pelo conhecimento, onde os alunos desenvolvem a criticidade, a formação de opinião, a capacidade de análise e de argumentação. Também podemos trabalhar de forma coletiva e individual, e de forma globalizada, onde os conteúdos são integrados. Muitas vezes, quando faço certos projetos com meus alunos, a família integra-se também, pois os alunos vivem os temas vinte quatro horas por dia. Os pais chegam falando que os alunos quiseram repetir as atividades em casa, por exemplo; ano passado fiz uma pesquisa sobre "bicicletas" (pois os alunos escolheram este tema) e confeccionamos um jogo: "A Corrida das Bicicletas", no outro dia, uma aluna fez a mãe lhe ajudar a criar um jogo para ela. O mais legal é que fez com sucatas que tinha em casa e trouxe para brincar com os amigos na sala. Um dos grandes desafios de trabalhar com projetos, ao meu ver, é realmente conseguir integrar os conteúdos e não perder o foco principal do projeto, cuidando e avaliando quando este já se esgotou.
"Essa modalidade de articulação dos conhecimentos escolares é uma forma de organizar a atividade de ensino e aprendizagem, que implica considerar que tais conhecimentos não se ordenam para sua compreensão de uma forma rígida, nem em função de algumas referências disciplinares preestabelecidas ou de uma homogeneização dos alunos.” (HERNÁNDEZ; MONTSERRAT, 1998)

domingo, 18 de outubro de 2009

Seu nome é Jonas!!

Na interdisciplina de libras, vimos o filme Seu nome é Jonas. O mesmo trata de um menino surdo que a família teve que colocar em um hospício, pois um médico havia dado um diagnostico errado, ele era dado como retardado. Mas, outro médico percebeu sua surdez e sua família o tirou de lá. Sua mãe fez de tudo para que ele pudesse se integrar ao mundo dos ouvintes. Colocou aparelho de surdez, matriculou ele numa escola que fazia os deficientes auditivos ler os movimentos dos lábios, entre outros. Seu pai não foi forte o suficiente para viver com a deficiencia do filho e separou-se de sua mulher.
Porém, sua mãe descobriu um lugar onde aprendiam língua de sinais, então mudou a vida do menino e da sua família. O filme mostra claramente que através dos sinais, os surdos adquirem uma identidade e podem se relacionar com seus iguais, com sua família e com outros ouvintes que sabem a língua dos sinais. Os sinais fazem com que os surdos possam exercer sua cidadania e mostrar tudo o que pensam. No filme, mostra que era uma grande angustia da mãe, não saber com dizer que para o filho que o amava e não sabia o que se passava na cabeça dele. Todos deveríamos aprender esta língua, para então termos uma verdadeira inclusão, em nossa sociedade.

Desenvolvimento da linguagem

A interdisciplina de linguagem e educação, propôs que pedíssemos para um adulto ou criança em fase de escolarização para contar uma história. Lemos um texto de Thaís Gurgel, que fala sobre este assunto, uma das partes mais interessantes e quando ela diz:

"Para o psicanalista e pesquisador da infância Donald Winnicott (1896-1971), as simbolizações se enquadram no que ele chamou de espaço potencial. "Trata-se de uma área de experiência em que os pequenos podem brincar com a realidade, em que dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar", explica Ana Paula Stahlschmidt, doutora em Educação e estudiosa da obra do pesquisador. Esse espaço potencial, segundo Winnicott, deve ser garantido pelo adulto para que o pequeno dê liberdade à sua criação - não apenas artística, mas como uma forma autêntica de encarar a vida." (Thais Gurgel)

Pude perceber que minha sobrinha, com a qual fiz a atividade, misturou a realidade e a fantasia. Contou um passeio que fez com sua amiga e que tinham visto arvores com rosto. A autora explica que é muito importante para a criança brincar com a fantasia e a realidade, para mais tarde separá-las. Também pude perceber nesta atividade, que ela apesar de não ler e escrever, já forma frases complexas e utiliza palavras difíces ou expressões, com coerencia dentro de sua narração. "...e de repende, elas viram uma coisa bizarra, era uma árvore com rosto!"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Espaços da EJA

Em nossas reflexões na interdisciplina da EJA, Educação para Jovens e Adultos, pude refletir sobre uma importante relação existente nos espaços de ensino da EJA. Neles deve existir uma relação de educação e trabalho, para que os enseridos neste ambiente possam ter a promessa de qualificação de vida para todos, inclusive para os mais velhos, que muito têm a ensinar.
Na educação da EJA, a relação efetiva que existe, entre o trabalho e a educação, é que este ensino deve introduzir contéudos, percebendo a realidade dos seus alunos que, muitas vezes, já estão inseridos no trabalho, oferecendo espaços e horários, como o turno da noite, que propiciem o aluno estudar e trabalhar. O ensino da EJA, é um trabalho delicado e teve ter muita dedicação do professor, pois é primordial vislumbrar um caminho de desenvolvimento de todos.
Assim, os adolescentes, jovens, adultos e idosos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas regiões do trabalho e da cultura. O trabalho, para os alunos da EJA, é muito importante , pois muitos deles precisam trabalhar para garantirem o sustento da família.

Convivendo com os surdos

Acho incrível a LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais. Quando me deparo com alguém surdo, fico fascinada pelos gestos que ela faz para se comunicar e muito curiosa. A nossa professora de LIBRAS, Eleonora, nos questionou sobre o seguinte: "Você conhece alguma pessoa surda? Qual sua opinião sobre as pessoas surdas?"
Bem, não conheço muitas pessoas surdas, somente convivo com uma aluna deficiente auditiva. Ela não se comunica com os demais, apenas gesticula algumas vezes, imitando os outros. Nas vezes que tive contato com outros surdos, na faculdade e em espaços públicos, sempre ficava pensando o quanto bom seria, saber também me comunicar assim. Por exemplo, se eu tivesse que me comunicar com alguém com surdez, talvez tentaria fazer gestos ou até alguns sinais que conheço. Porém, sei que seria bem difícil.
Por isso, acredito que algumas coisas deveriam ser inseridas na escola e na sociedade, para facilitar a vida dos surdos e também a comunicação entre surdos e ouvintes. Por exemplo, sinais luminosos em espaços públicos, escolas, ruas, etc... Sinais de comunicação e até a LIBRAS. Para que , os surdos não parecessem ser uma sociedade a parte, falar outra língua que nós. O ideal seria todos aprendermos LIBRAS desde pequenos, pois a inclusão das pessoas surdas seria muito maior.
Outra questão, seria que, se a nossa sociedade, trabalhar mais com a língua de sinais e outras coisas para facilitar a vida dos surdos, cada vez mais, os surdos que não tem acesso a comunicação, poderão desenvolver todas as suas potencialidades.