Uma das coisas que mais me apavora no magistério é a fala e a postura de uma grande maioria de professores. Estou fazendo a interdisciplina de Mídias e Tecnologias e estamos debatendo certas teses. Percebo que muitas vezes, os professores se contradizem (inclusive eu), dizendo que concordamos com a tese que o aluno deva buscar o conhecimento, porém discordamos da tese que sem o acompanhamento super planejado do professor ele possa aprender. Ou seja, o professor diz que o aluno deva aprender sozinho, mas o trabalho só pode dar certo se o professor saber tudo sobre o que vai oferecer para o aluno, tenha controle de tudo sobre a mídia ou internet que será oferecida para o aluno. Eu discordo, acredito que o aluno aprenda muito mais, fora do nosso planejamento. E que para oferecer uma aula com tecnologia, eu não preciso saber tudo, mas que eu possa buscar com esse aluno. Este tipo de professor, enxerga o educador como um ser que deva estar super preparado, saiba tudo sobre o que vai dizer para o aluno, pois se não for assim, perde o controle e o foco da aula.
Li um artigo estes tempos de uma professora que avalia os projetos enviados para concorrer ao prêmio de educador do Ano da Fundação Victor Civita, ela diz que na Educação Infantil as professoras teorizam bem, porém as atividades práticas passam muito além do que elas falavam na teoria.
Por isso, não há mudança, os professores falam, porém aprender com o aluno, tentar inovar na sala, sem ter a coordenação e a "super" visão do que quer ensinar para o aluno, não acontece. O professor ainda tem uma postura de sabe-tudo, por isso não conseguimos inovar na sala de aula, pois muitas só vão trabalhar com tecnologia, quando fizerem um curso completo para tal. Isso é perder um precioso tempo de aprender.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Lendo na Educação Infantil!!!
Umas das coisas que mais tem chamado minha atenção, deste o inicio do semestre é que tenho três alunos que se interessam demais por letras e querem muito aprender a ler. (Ps, tenho um jardim B)
Já li textos sobre isso e o que se fala no município (e em todos os lugares) e que na educação infantil não se alfabetiza. Também acho, porém não posso fingir que meus alunos não tem interesse e dizer para eles, não é hora ainda de saber, quando me perguntam algo sobre a escrita das palavras. Dois deles as mães não trabalham e ensinam em casa as "letrinhas" para eles, outro aluno, o Otávio, é por demais curioso e este sim já está lendo. Acredito que foi perguntando que ele aprendeu, pois tudo ele quer saber e nada passa por ele despercebido. Eles pedem para que eu escreva o nome das histórias lidas no quadro, fazem relações com os nomes o tempo todo e perguntam que som faz tais letras. Estes dias escrevi no quadro o nome de uma música que estava trabalhando Herdeiros do Futuro e o Otávio (de 5 anos) disse: "Peraí, peraí, ffffu...ttu..rrrro! Futuro!" dei parabéns e todos na sala disseram: "O Otávio já sabe ler!!" E realmente depois disso, está sempre tentando escrever palavras e ler em nossos livrinhos. Não vejo que seja algo forçado da sua família, acredito que aprendeu por sua própria vontade. Ele pegou meu caderno e escreveu: "Otávio e Deise se amo" (se amam, ele queria escrever).
Bom, vou buscar subsídios para ver o que posso fazer em minha sala de aula, para não travar a aprendizagem dele e nem exigir dos demais que ainda não estão neste processo. Mas, é muito lindo ver uma criança se alfabetizando assim, por curiosidade. Lembro que quando aprendi a ler, lia tudo para meus pais, foi uma festa!!!
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