A primeira proposta de trabalho da interdisciplina de Linguagem e educação, foi refletir sobre se falamos e escrevemos do mesmo jeito sempre. Bem, acredito que não se fala, nem escreve e nem tampouco se lê sempre do mesmo jeito. No Brasil existem vários dialetos diferentes espalhados. Já temos uma diferenciação. da língua portuguesa que não é falada igual nos países que tem ela como oficial, mas mesmo dentro do nosso país, cada estado tem um dialeto próprio, modos de falar diversos. Com certeza, esses modos diversos de falar, complicam a cabeça dos alunos, que acabam escrevendo do jeito que falam, porém, não escrevem “errado”, mas sim, escrevem como falam. Na minha opinião a escola, deve respeitar isso, pois os modos de falar, faz parte da cultura e da personalidade de um determinado grupo ou povo. Os adolescentes, por exemplo, usam gírias e virtualmente, estão reduzindo as palavras. Nós, professores, devemos trabalhar mostrando o correto da língua, mas não desmerecendo os dialetos e as gírias. Assim com diz, Maria Isabel Dalla Zen e Iole Faviero Trindade, no texto"Leitura, Escrita e Oralidade como artefatos Culturais:
" A partir dessa perspectiva, o trabalho escolar poderia abrir espaço para a multiplicidade de discursos, bem como abordar, relativizando, a questão do "certo" e do "errado" em linguagem, conforme vêm postulando estudos linguísticos cujos efeitos de sentido ainda não foram mobilizadores de novas práticas pedagógicas. Pensemos no que se diz, cotidianamente, sobre o que significa falar, ler e escrever bem. A reflexão sobre o conceito de diferença (diferenças linguísticas) ainda precisaria ''amadurecer".” (Dalla Zen e Trindade, 2002)