Para interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, tivemos que refletir sobre como estamos avaliando nossos alunos. Este assunto me interessa muito, pois após ler o texto "Rumo a uma avaliação inclusiva"de Javier Onrubia Goñi; percebi que não estou tão longe, das reflexões do autor em minha prática. Trabalho com alunos entre dois e três anos, não teria como trabalhar com eles uma avaliação "classificatória", pois nem trabalhos conteúdos específicos. Gosto muito de trabalhar com os pequenos, justamente porque gosto de me sentar no chão, conversar sobre coisas que os eles tem curiosidade, ler lindas histórias, etc... mas também, porque adoro avaliá-los. A avaliação que faço é contínua e descritiva, pois todo dia observo um pouquinho o que eles vem desenvolvendo. Tenho um caderno de registros, onde coloco seus progressos, seus problemas, suas falas e dúvidas mais engraçadas ou inteligentes. Ou seja, a todo momento estou avaliando o raciocínio, o desenvolvimento da fala, a motricidade, propondo assim, atividades que vão estimular ainda mais o que eles tem aprendido.
Logo, no término do primeiro ou do segundo semestre, pego meus registros e faço um texto sobre todos os aspectos observados: como o aluno é na chegada, como se comporta ao ouvir histórias, sobre o que tem mais curiosidade, como é seu relacionamento com os colegas, como cumpre regras, o que aprendeu nos projetos trabalhados, enfim, falo sobre quase tudo o que acontece no decorrer dos dias. Digo "quase tudo", pois é impossível, colocar em um só texto tudo o que eles desenvolvem em um só semestre. A dificuldade maior que encontro neste tipo de avaliação é o tempo que se gasta em cada uma, tendo às vezes, quase trinta alunos. Porém, depois de pronta, compensa todo o cansaço, pois é um bonito trabalho e todos que leem dizem estar vendo o aluno como ele realmente é, ou seja, não é uma avaliação impessoal, e sim os pais percebem, que o aluno faz muito na escola e que as pessoas responsáveis por ele, tem a visão de seu aprendizado. Mas, apesar de pequenos, não é somente eles que são avaliados, sempre faço perguntas do tipo "o que mas gostaram no projeto?", "o que não foi legal?", entre outras, (algumas vezes peço que façam desenhos) pois busco trabalhar com meus alunos a criticidade e a melhora do meu trabalho. Através das avaliações, vejo o que posso trabalhar mais no próximo semestre, como por exemplo, se percebo que tem muitos alunos que tem dificuldade na fala, posso propor atividades que estimulem mais a oralidade e assim por diante. Foi interessante refletir sobre isso, que é um trabalho desgastante, porém recompensador.
Um comentário:
Uma ótima postagem! Completa nos argumentos e nas evidências.
Beijos
Melissa
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