terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Temas geradores

Em uma das aulas presenciais que tivemos em EJA e Didática, Planejamento e Avaliação, vimos um filme sobre como os temas geradores, idéia de Paulo Freire, eram trabalhados na alfabetização de jovens e adultos. Pude perceber no filme que a nossa educação, sem dúvida, caminhou muito com a ajuda de Paulo Freire.
O ensino de jovens e adultos, antes centrado no tradicionalismo; como "Eva viu a uva", transforma-se a partir dos temas geradores propostos pelo educador. Paulo Freire mesmo colocou, como pode interessar-se depois de um dia de trabalho ou até mesmo sem emprego, um senhor ou senhora pelas cartilhas enfadonhas e sem sentido?
Os temas geradores vieram para instigar os alunos a querer saber, e assim então aprender. Eles, trabalham com questões do cotidiano dos alunos e a partir deles os alunos podem construir seus conhecimentos a cerca das palavras, percebendo também a função social delas. Como por exemplo, vimos(no filme) o trabalho com a palavra "fábrica", é uma palavra conhecida, o local de trabalho de muitos e que trás, também, muitas discussões, o que ajuda no diálogo e na criticidade dos educandos, algo que também Paulo Freire se preocupava.
"Por isto, o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idéias a serem consumidas pelos permutantes. Não é também discussão guerreira, polêmica, entre sujeitos que não aspiram a comprometer-se com a pronúncia do mundo, nem a buscar a verdade, mas a impor a sua."
(Freire, 2005)

Paulo Freire propôs a educação problematizadora, os temas geradores e o diálogo em sala de aula. Nesta educação o diálogo e a troca entre o educador e o educando é priorizado, o que torna a aprendizagem muito mais significativa e transformadora. O trabalho, ao meu ver, através destes temas torna-se rico e cheio de possibilidades. Os alunos envolvem-se, tornando-se agentes do próprio saber. Ainda no filme, percebi que os alunos queriam aprender e apesar de toda a dificuldade, eles aprendiam. Mas uma vez, vemos que se demos atenção e crétido a realidade dos nossos educandos, conseguimos resultados muito bons.

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