“Com relação a inserção em situações de aprendizagem, essas peculiaridades da etapa de vida em que se encontra o adulto fazem com que ele traga consigo diferentes habilidades e dificuldades (em comparação com a criança) ...”
(Khol de Oliveira,1999)
É preciso saber e conhecer o aluno que se irá ter, mesmo quando trabalhamos com crianças, ainda mais na prática da EJA. Os currículos, técnicas, planejamentos são feitos para o público infantil; por isso estes devem ser específicos para a idade atendida na EJA, pois como coloca Marta Kohl de Oliveira, isso pode causar uma inadequação dos jovens e adultos, causando a evasão escolar. Ela coloca que se não há sintonia, entre educando e escola, isto acaba dificultando o processo de ensino-aprendizagem. Até porque as dificuldades enfrentadas pelos alunos jovens e adultos são muitas, tanto em sala de aula, como fora dela. Concordo com a autora, eles já vivem no mundo letrado, porém, não tem tanta capacidade de crítica e argumentação que os adultos e jovens escolarizados ou graduados possuem. Sua linguagem e pensamento, muitas vezes, são de origem humilde, não da língua culta, o que também pode gerar uma certa confusão, na hora de aprender. São pessoas que encontram mais dificuldades nos supermercados, para pegar ônibus, para ajudar, muitas vezes, os filhos nos deveres de casa. Já dentro da sala de aula, o cansaço do trabalho do dia inteiro, a falta de concentração e entendimento, e atividades didáticas não compatíveis com sua faixa etária, tornam-se obstáculos constantes dos alunos jovens e adultos. Por isso, como a turma pode concluir na apresentação das pesquisas sobre EJA, a formação dos profissionais é de extrema importância, para a qualidade do trabalho oferecido para os jovens e adultos, que tem suas particularidades e isto exige empenho e competência.
(Khol de Oliveira,1999)
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